O POETA CANTA O AMOR E A DOR
Como não hei de cantar meus sonhos
bradar aos céus minha emoção
e depois,
bem baixinho ,
sussurrar:
és tu a minha inspiração!
Irás, oh! homem amado,
perceber
são os versos meus
que clamam
que choram
que sorriem...
todos , todos teus...
e nos meus sonhos encantados,
que a inspiração ,
verso por verso,
seja o sentimento teu
a reviver momentos
antigamente nossos...
e sejam os beijos quentes
a derramarem-se como lavas...
Lavas que se encontram em volúpias de ardor
como um desejo aflora.
Mas , sem fantasia,
a favor do amor
não naufrague a vida
nas águas do desamor.