Velhos tempos

Em meus babélicos pensamentos corre teu nome.

Um nome que chegou como uma coceira.

Coçou, coçou, até sangrar, virar ferida.

Pergunto-me se pelo menos por um instante

você por puro descuido lembra-se de mim.

Do meu cheiro, dos meu beijo ou

algo mais insano tipo meus caprichos em versos.

Lembro-me de cada linha de teu rosto abjeto.

Torturo-me com a cor de seus olhos.

As vazes canto, vezes choro.

Um choro fraquinho, feito uma modinha.

Que vai despedaçando-se no ar.

Acabando-se em lamento.

perdendo-se em velhos tempos.

Lélia Borgo
Enviado por Lélia Borgo em 06/07/2013
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