Filhos da eternidade
Cresço em você
enquanto me consumo
Ao som de Tchaikovsky
Sinto-me delirante
No movimento que fazemos
Extasiada, me dissolvo
No seu oceano vermelho
Paixão, esta é a palavra
Que nasce enquanto componho
Num ritmo apaixonando,
vou desgastando minhas vísceras
Entregando minha alma e minha carne
o carbono não poderá dizer
Em que tempo o fiz
Pois não existe tempo
Estamos ligados pela eternidade
E se tudo não passar de um sonho
Quando acordar, direi que
foi o mais belo sonho de um imortal
Enquanto escrevo as mãos se agitam
Os dedos imploram por mais linhas
Dedicadas ao amor que lhe tenho
Paixão é o que brota da minha poesia
Se puder senti-la deixar-se-á contagiar
Pelo lirismo dos meus versos
Filhos da eternidade...
Nem o espaço e nem o tempo nos contêm