A roda.
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O menino fora da roda.
Um vazio, um sinistro, uma moda canhota de ser...
Onde eu errei o sonho? Devo voltar para trás?
Se pudesse voltaria em câmara lenta só para te olhar de novo.
O mesmo cabelo em desalento, meu desalinho.
O sorriso dos teus olhos levando minha alma.
Nada mais que teus abraços, nada mais que viver de novo teus sentidos.
O menino fora do esquadro, fora do quadro te olhando de dentro.
Uma dose espetacular de coragem pra dizer que é amor.
Não parta, não insulte o meu amor. Não me partas mais.
O espelho quebrado, os destroços do navio, a escotilha arrebentada de naufrágios.
Nenhuma gota de sangue no caminho.
Tudo limpo agora e já não me surpreende ficar só.
O menino fora do ritmo,
atravessando a música, correndo pela rua,
toda rua nua, toda rua é dele.
O menino e o sol. Tudo rima.
Tudo roda.
Patrícia Porto