PENSANDO NELA
É calma a noite, a chuva recomeça
Com sua triste e lânguida cantiga...
Cai com mais força e de repente cessa,
Mas é provável que depois prossiga.
Bate um vento nas folhas fortemente,
Jogando ao chão a água acumulada.
No carrilhão soou, solenemente,
A décima-segunda badalada.
A madrugada agora inicia
Com essa paz estranhamente bela.
Morreu a noite, nasceu novo dia
E ainda não dormi, pensando nela...
Pensando nela o meu amor mais puro,
Que eu tenho tão sinceramente amado.
Imaginando coisas no futuro
E recordando outras do passado...
Chove de novo... ela estará dormindo
De certo pelos anjos protegida.
Possuida, talvez, de um sonho lindo
Que a faça sonhar adormecida.
Um sonho! Ah! quem me dera se eu pudesse
Ir em forma de um sonho ter com ela...
Nos seus lábios um beijo depuzesse,
Falando-lhe baixinho: “-minha bela!”
Que no sonho então ela me olhasse
Com aqueles olhos cheios de fulgor,
Enquanto eu baixinho lhe falasse:
“- Vim encontrar-me contigo meu amor!”.
Mas a ninguém é dado esse direito.
E não me resta outra alternativa
Senão lembrar, podendo desse jeito
Ter sempre em mente sua imagem viva.
A sua imagem que é a inspiração
Às pobres rimas que a escrever me atrevo.
Singelos versos que o meu coração
Dita nas horas de sublime enlevo.
Faz frio... Agora eu vou me recolher
E numa prece a Deus, faço um pedido:
Que ela possa em sonho aparecer,
Já que ir a ela não me é permitido.
.
É calma a noite, a chuva recomeça
Com sua triste e lânguida cantiga...
Cai com mais força e de repente cessa,
Mas é provável que depois prossiga.
Bate um vento nas folhas fortemente,
Jogando ao chão a água acumulada.
No carrilhão soou, solenemente,
A décima-segunda badalada.
A madrugada agora inicia
Com essa paz estranhamente bela.
Morreu a noite, nasceu novo dia
E ainda não dormi, pensando nela...
Pensando nela o meu amor mais puro,
Que eu tenho tão sinceramente amado.
Imaginando coisas no futuro
E recordando outras do passado...
Chove de novo... ela estará dormindo
De certo pelos anjos protegida.
Possuida, talvez, de um sonho lindo
Que a faça sonhar adormecida.
Um sonho! Ah! quem me dera se eu pudesse
Ir em forma de um sonho ter com ela...
Nos seus lábios um beijo depuzesse,
Falando-lhe baixinho: “-minha bela!”
Que no sonho então ela me olhasse
Com aqueles olhos cheios de fulgor,
Enquanto eu baixinho lhe falasse:
“- Vim encontrar-me contigo meu amor!”.
Mas a ninguém é dado esse direito.
E não me resta outra alternativa
Senão lembrar, podendo desse jeito
Ter sempre em mente sua imagem viva.
A sua imagem que é a inspiração
Às pobres rimas que a escrever me atrevo.
Singelos versos que o meu coração
Dita nas horas de sublime enlevo.
Faz frio... Agora eu vou me recolher
E numa prece a Deus, faço um pedido:
Que ela possa em sonho aparecer,
Já que ir a ela não me é permitido.
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