QUE PENA!
(poema escrito por Janil Lopes Corrêa - jlc -jan)
De repente, um choro convulso me sufoca...
Sinto que minha chama começa a se apagar
E, se aproxima rápido, o meu fim,
Apesar de eu ter, ainda, tanto para contar.
Assustado, não quero terminar, agora, assim...
Não, não, imploro, ainda não é hora de acabar!
Como impedir que isso aconteça?
Grito, corro, me escondo, o que fazer agora? Receio!
Como poderei me livrar dessa?
Pressinto que acabou o meu recreio...
Tenho pressa de viver o que me resta,
Mas, como, se ninguém sequer me olha?
Creio que acham, que nada mais, em mim, presta,
São maldosos, egocêntricos, me defenestraram...
Tentam impedir-me de fazer o que mais gosto,
O meu final, podem crer, anteciparam.
Não tenho medo da morte, mas adoro viver!
Sinto dó de o que mais desejo, não poder fazer,
Para a única mulher que amo, ao menos, continuar a escrever,
A fim de, um dia, encontrá-la, vê-la, tocá-la, beijar seu lindo rosto...
Entretanto, sem ela, é melhor mesmo, acreditem, que pena, morrer!