ALVA AVE
No limiar de um prolongado vôo
Voa soberana minha ave abstrata
Solta em teu instigante universo
Prende-me em meu próprio espaço
Como um excitante anjo alado
E meu tirocínio desnuda-se ante ti
Aquiescendo tuas atitudes e vontades
Mesmo que seja fleumático teu voar
Sou mesmo adicto de teu intenso existir
Pelo regalo que desprende de tuas asas
E tua maviosa voz é o teu excitante canto
E a pugna por noticias tua é constante
No assomo de minhas indeléveis vicissitudes
Todo preâmbulo desse nosso profitente contexto
Está encravado na plenitude de tuas cores íntimas
Na fonte perene deste torpor a invadir-me diuturnamente
Onde encontro a célula Máter de tua tridimensionalidade
Nas labirínticas rotas de minha alva ave
O caminho percorrido pelo meu pensamento cotidiano
Que atinge os píncaros onde repousa teu límpido ninho
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