Há um canto que nasce n'um sorriso
e ecoa sobre as areias do tempo
Eras amorosas em êxtase
encharcando os poros da vida...
e ecoa sobre as areias do tempo
Eras amorosas em êxtase
encharcando os poros da vida...
Um canto que perpassa abismos
e evanesce as trevas da solidão
e evanesce as trevas da solidão
Que delicadamente afaga os seixos
sobre as águas correntes,
voeja os medos e sedento de alacridade
valsa às fímbrias dos quereres
n'um farfalhar de borboletas
sobre as águas correntes,
voeja os medos e sedento de alacridade
valsa às fímbrias dos quereres
n'um farfalhar de borboletas
Há um canto que sibila doçuras entre os anseios,
perfuma os contornos, sufoca os sentidos...
Depois dá-nos de beber do sagrado mar
Depois dá-nos de beber do sagrado mar
Há um canto crepuscular
que sai sorrateiramente dessa tua alma
e amanhece na minha
que sai sorrateiramente dessa tua alma
e amanhece na minha
Um beijo em forma de poema
- uma carícia que logo cedo vem me despertar -
Denise Matos