ABSORTO

Preciso de sua vida com encanto

Pra resgatar as brisas das minhas manhãs

Tudo sem você é só desencanto

Penso se o sol vai nascer sem você amanhã...

Chamo todo dia a alvorada

Pra cantar consolador canto

Sem a brisa da manhã fica calada

E eu busco em a natureza outro recanto...

Um desacato eu sofro do silêncio

Enquanto ele fala a língua calada... Socorro!

Nem um movimento... Nem um vestígio...

Então, eu corro até a madrugada se não eu morro!

Eu subo e subo... Em cima de um morro

De lá eu vejo tudo como semideus do desgosto

Com meu olhar percorro tudo e você não encontro

Sem você eu perco apoio, e do alto fico exposto...

Se existo logo penso, porque não recorro?

A uma prece naquele silêncio... Fico absorto!

Depois eu corro atrás do meu decoro modorro

Jogo-me à cama, cansado... À noite me encontram semimorto...