CÁRCERE AMADO
Uma noite à sorte do acaso
Aos prazeres do destino
Um caso de descaso
Uma noite indefinida
De importância desconhecida
Dois corpos que se querem
Mas não se entregam
Duas almas que se afastavam pelo orgulho
Pelos medos…
Pelo receio do passado
Pelas paixões escondidas
Pelas ânsias dos segredos
Mas das quase desistências
O amor ainda insiste
Cansa de sussurrar aos teimosos corpos moucos
E grita para que entendam
Entendam que se querem
Que se desejam
Que o passado já não interessa
Que para estes dois
O tempo já não existe
E só a paixão persiste
E o destino?
Esse crupiê sem face
Que lança as cartas ao seu prazer
Que me fez entrar em seu jogo, sem perceber
E quando vi…
Encontrei com alguém que esteve sempre ali
Alguém que apenas olhava
Mas alguém que nunca senti…
E agora…
Ter a surpresa inesperada
De encontrar a pessoa amada
Encontrar a doçura selvagem de seus olhos felídeos
Olhos que mostram desejo
Volúpia
Paixão
Amor
Encanto
Que me movem
Que me completam
Que trazem a mulher quero e desejo
A mulher de jeito espevitado
A mulher que quero sempre ao meu lado
Ter o conforto dos teus braços
O júbilo da reciprocidade
A euforia do desejo incontrolável
Do caos ansioso da mente apaixonada
E da harmonia calma
Do amor implacável
Hoje, não passo de um preso
Detento do teu coração
Prisioneiro dos teus encantos e da tua alma
E assim, preso quero pra sempre ficar
Porque pra sempre quero te amar