SINTO-TE
(Sócrates Di Lima)]
Sinto-te na tarde,
Longe e nos teus afazeres,
Um mergulho na saudade,
Nas águas dos meus prazeres.
Sinto-te no prazer do bem querer,
Do prazer de sentir,
Que nada mais posso pretender,
Senão te amar e o meu amor te garantir.
Simples assim,
Uma mulher que na minha mais longa noite, amanheceu.
E mora irrenunciavelmente dentro de mim,
Ocupa meus cômodos pois tudo em mim é teu.
Sinto-te agora,
Na brisa que vem lá de fora,
E quando te sinto a saudade vai embora,
E eu me entrego a ti, minha menina senhora.
Tanto já vivi,
Tanto já aprendi,
E em todas as loucuras em que me vi,
Nada se iguala a loucura sana que em nós senti.
Sinto-te como minha alma quer,
Como meu corpo deseja,
Sinto-te minha mulher,
E nesse sentir minha vida te beija.
E se éramos dois,
Distantes de nós,
Nada deixaremos pra depois,
Nem nunca estaremos sós.
Por que não mais seremos eu,
E nem mais tu será una,
O teu amor é meu, o meu amor é teu,
Agora somos nós sem nenhuma lacuna.
E assim, minha amada
No começo apenas te sentia num doce gostar,
Depois que desfilou na minha calçada,
Em aquarela, fez-me em conquista te amar.
E eu te senti....
Sinto-me ai a todos os instantes,
Não importa que tu não estejas aqui,.
Pois, estamos juntos, mesmo distantes.
Sinto-te dona dos meus desejos,
Ave que se acomoda em nossos ninhos,
Que se enlaça nos meus beijos,
E na nossa vida somos dois amados passarinhos.