Há muito te acalanto num grito,
amanheço nessas bifurcadas curvas dos teus olhos
 
Ah teus olhos... olhos de amor, olhos cantantes...
 
Há tempos aprendi a mergulhar em teus olhos,
viver tuas vírgulas, suspirar tuas linhas,
entre-tuas-linhas deixo-me, abandono-me...
 
Há muito sei-me súdita desses teus sóis
que dissipam minhas pesadas nuvens,
mantendo-me nessa fé dos teus dourados laços!
 
Há muito que de tuas auroras renasço
quando o traçado desses amorosos raios
deitam minha pele em acetinados lençóis
 
Há muito que a nossa fome é tanta
que doo-me velino às ânsias de nossos umbrais!
 
Ahh... E já tanto faz mi'a invernia...
Eu bem sei que através dos tempos
continuarei lançando-me contra esse teu peito!

 
- Pois há muitas vidas bebo teus mistérios em poesia -








Ao som de...



Denise Matos
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 27/06/2013
Código do texto: T4360865
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