Se você não mudar, nada mudará.
E se a marca daquele adeus ainda o perturba,
mesmo que banhado em pranto do derradeiro dia.
Na cabeça desencontros de promessas feitas,
na boca o gosto amargo de tantas incertezas.
Noite adentro o que se diz forte cai
e chora seus próprios devaneios eloqüentes.
Mas entenda que não é privilegio do fraco chorar,
As almas se unem a todo momento,
e apesar de tênue essa singela ligação,
é um laço que percorre a eternidade.
Apesar de justo, o pranto não justifica,
tuas tristezas e pesares reciclados novamente,
pois tuas tristezas são tuas, méritos teu.
Não te lhe é necessário culpar causa, ou causador,
pois se és agora quem sofre,
noutro tempo pode ser quem causa dor.
E se dessa fonte amarga continuar a beber,
a tendência do teu espírito é padecer.
Desse veneno de tristeza que toma
o único mal será feito contra você
e todo o tempo desse mundo pode passar,
mas se você não mudar, nada mudara.