Soprando amor...
(...) dia de chuva,
melancolia turva nas
curvas e esquinas do
túnel do tempo, vazios
e contratempos,
lendo e relendo
sentimentos e movimentos
em câmera lenta
ou agitados demais;
repaginando a vida,
chove sorrindo e
até chorando;
matizando e pontilhando
instantes e momentos;
lágrimas chovendo
na aura clara,
amenizando a dor que
me encara e escala;
é madrugada,
ainda chovendo,
acordando a esperança,
trazendo lembranças
nas ondas do vento;
canção e acalento,
soprando amor,
refazendo as cordas do
coração apaixonado
amando e incendiando
por todos os lados.
Marisa de Medeiros