NÃO HÁ COMO

Nunca mais te encontrei apesar de procurar

insistentemente mesmo nos meus sonhos, porque

será que você desapareceu, qual foi a razão, será

que fugiu por imposição dos seus próprios erros?

A escapatória encobre alguma tolice, algo

que revelou quando sua boca entreaberta

expunha a intimidade quase impudica de

seus atos...?

Bem, creio que já se esqueceu de nossos abraços

que duraram tanto tempo, agora parece que a lua

desapareceu para sempre, a brisa já não tem quem

refrescar mais do mesmo jeito quando estávamos na varanda...

Tem sido tão deprimente lembrar o que era nosso,

é como debruçar em um álbum de retratos todos eles amarelados,

é como reviver fatos longínquos desde muito esquecidos, é como

sair de um remoto e caliginoso passado.

Não há como reatar aquele amor espiritual, nem

os agitados arroubos do amor carnal, não há como

beber perfume da flor silvestre que embalsamavam

os ares, aqueles mesmos dos tempos idos...

Wil
Enviado por Wil em 26/06/2013
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