Cantiga de amor

Amigo, vancê num sabe

da grande pena q’eu sofro

desde q’eu a vi, pois quase

me fere meu peito e eu morro

daquês seus oiá de gato,

daqués frama de seus braço.

Seus dois braço tem as côre

do arco-íris tão bunito,

e seus ombro tem as f(u)lôre

dos jardim, o mais velido.

e aquês seus oiá de gato...?

e aqués frama de seus braço?

Mai tá sempre perparada

contra aquês maus cavalêro,

pois tem ũa garrucha armada

nim sua perna (e ai Deus, que chêro)

e aquês seus oiá de gato...

a aqués frama de seus braço...

Meu coração tá firido

sem tá firido meu peito.

Sua beleza me deu vício

e pur’ iss’ eu num m’ esqueço

daquês seus oiá de gato,

daqués frama de seus braço.

Luan Trovador
Enviado por Luan Trovador em 25/06/2013
Código do texto: T4357140
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