O SILÊNCIO
Quando estou só, por uma questão
de injunção, ouço os passos vagarosos
e delicados do silêncio que ao chegar
nada diz, nada trás, apenas vem pra ficar comigo.
Como um terrível sedutor domina como se
fosse o dono de tudo, até parece que a alma
só o procura, só o contempla como raios que caem
com fragor enorme prostrando um incauto sonhador.
Não há por minha parte qualquer conduta
nem vaza de minha boca palavras ofensivas
que a raiva provoca , não há debates nem
um senão no todo existe...
Meu barco voga à mercê de águas furiosas,
nem os medonhos estampido na praia
desnuda, faz com que me afaste das garras
do silêncio que faz fremir as noites das solitárias ondas.
Depois, bem depois quando a noite termina
cansado e desiludido , caminho com minha
alma triste sem nada ignorar sobre as aflições que passei,
mas, amando mais do que o amor é capaz.