O SILÊNCIO

Quando estou só, por uma questão

de injunção, ouço os passos vagarosos

e delicados do silêncio que ao chegar

nada diz, nada trás, apenas vem pra ficar comigo.

Como um terrível sedutor domina como se

fosse o dono de tudo, até parece que a alma

só o procura, só o contempla como raios que caem

com fragor enorme prostrando um incauto sonhador.

Não há por minha parte qualquer conduta

nem vaza de minha boca palavras ofensivas

que a raiva provoca , não há debates nem

um senão no todo existe...

Meu barco voga à mercê de águas furiosas,

nem os medonhos estampido na praia

desnuda, faz com que me afaste das garras

do silêncio que faz fremir as noites das solitárias ondas.

Depois, bem depois quando a noite termina

cansado e desiludido , caminho com minha

alma triste sem nada ignorar sobre as aflições que passei,

mas, amando mais do que o amor é capaz.

Wil
Enviado por Wil em 25/06/2013
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