DECLARAR-TE
“DECLARAR-TE”
Dissertar e declarar-me à mercê...
Da ternura de não me arrepender
Quentura a que o sol há de arder;
Aventura de seus lábios a me enternecer
Parecer de um sofismo a se envolver...
Resenha de um salto...
Em que se desenha um alvo,
Onde em seus braços,
Eu me possa adormecer.
Eu não sei se amo ou reclamo que amo
Que exclamo as quatro luas
Em que se visita no inverno,
Em árvores nuas,
As folhas que sem tempos,
São os afrescos,
Que visitarão as manhãs de setembro
Que antes rompendo desfiladeiros
Havia um braço dominado de tempo
Em rios repassados em grutas
Em que o descontentamento do outono
Era do tempo em que não se havia
O amor a galantear-te pelos ventos
Em seqüelas de primavera
O gosto do atrevimento,
Era de um doce tão certeiro
Que sereno se tomava de ponte
E se trazia pela luz de seus beijos
O verão acometido de sintonia
Ria por seus cabelos
Em que se lia as curas,
Dos amores enfermos
Arrependidos não se valiam
Da sombra fria,
De uma mão que não se tinha,
Que fixa e se envolve em meu desejo
Para que fique em meu peito,
O sabor do extremo!
Eu temo,
Profano o que vejo,
Em espelhos que me olham;
Que tocam meu rosto,
Imersos...
Eu não sei se amo ou se reclamo que amo,
Pois declaro ao mundo,
Em espanto,
Que estando...
Seu amor por meus lábios se retirando
O ar esperando,
É o pano
Em que todas as luzes descortinam,
E declaram-na encanto!