PERTURBE-SE por Danka Maia
Não me chame ao mero acaso, não debulhe em mim o sono leve do teu desespero quando os teus lençóis estiverem frios e vazios quanto a tua alma.
Não me procure quando teus olhos decidirem derramar lágrimas que apenas, tão somente lhe conduzirá a glorificação do nada e ao trono da loucura.
Não me implore servidão, quando por diversas vezes ao te visitar, o mundo foi somente o tapete do quanto eu te serviria.
Não se lembre de mim,porque o tempo já passou e no mar do esquecimento por mim foste jogado.
E sim, repito sim, te direi “nãos” se pudores , medos ou adjacentes.
Correrá arrogância na minha saliva, empáfia nos fonemas das minhas palavras ,e dos meus olhos crueldade será lançada como água numa fonte revigorante, quando o mundo me julgar dizendo o quanto fui talhante contigo, simplesmente me resumirei a responder: Perturbe-se!
Porque foi este o destino que imputou a mim em sua história.