Dedico esta poesia a Vera Jacobina com a música de fundo, de Gilberto Gil, "AMOR ATÉ O FIM", cantada pela inigualável Elis Regina. Mas a música só será ouvida em: http://www.antoniofernandopeltier.prosaeverso.net).
SUBTERFÚGIO...
É nele que me refugio
sem saber se estou no quente,
se, estou no frio...
Refugio
dos refugos,
dos resíduos,
das escórias
no mais, o resto...
É tanto protesto!...
Que já deu pra fazer História...
Tô a fim de réstias,
nas frestas das telhas
como abelhas
que picam,
mas, fazem o mel...
E que me reste luz
diante da escuridão
dos escuros!
Nos escudos...
Onde, se não me têm crença,
então, não me esconde
impondo-me o imaturo...
Mas, que o futuro vença!
Refulgir-me-ria
apesar do medo dos escândalos,
dos juízes maus...
e dos maus juízos...
Jamais seria subliminar
diante do grande amor,
por exemplo,
que eu tenho pra lhe dar...
Como já dei noutros tempos...
Por que tanta defesa
diante do infeliz indefeso?
Por que pedir-me provas
diante das minhas provas?
Falhar?!...
(Não há quem não falhe...)
Falhar é humano,
perdoar é divino...
Aposte, pois, de novo
no seu taco, no seu tino!...
Que mais posso lhe dizer,
senão, que lhe fale?
Falar, escrever,
provar na poesia
sem saber o sabor
amargo de amar...
Quem há-de?
Ou a gente crê
sem nem mais precisar ver...
Ou a gente implode
pra não ter que explodir
toda emoção
que nos acode e acolhe...
Se ainda não dei
ou, se não dou prova...
Vamos para outra vida
além da cova!
Quem sabe
você entende?
Se não desculpa, nem perdoa...
Mas, quiçá, Deus aprova!...
E o Amor proverá!
É nele que me refugio
sem saber se estou no quente,
se, estou no frio...
Refugio
dos refugos,
dos resíduos,
das escórias
no mais, o resto...
É tanto protesto!...
Que já deu pra fazer História...
Tô a fim de réstias,
nas frestas das telhas
como abelhas
que picam,
mas, fazem o mel...
E que me reste luz
diante da escuridão
dos escuros!
Nos escudos...
Onde, se não me têm crença,
então, não me esconde
impondo-me o imaturo...
Mas, que o futuro vença!
Refulgir-me-ria
apesar do medo dos escândalos,
dos juízes maus...
e dos maus juízos...
Jamais seria subliminar
diante do grande amor,
por exemplo,
que eu tenho pra lhe dar...
Como já dei noutros tempos...
Por que tanta defesa
diante do infeliz indefeso?
Por que pedir-me provas
diante das minhas provas?
Falhar?!...
(Não há quem não falhe...)
Falhar é humano,
perdoar é divino...
Aposte, pois, de novo
no seu taco, no seu tino!...
Que mais posso lhe dizer,
senão, que lhe fale?
Falar, escrever,
provar na poesia
sem saber o sabor
amargo de amar...
Quem há-de?
Ou a gente crê
sem nem mais precisar ver...
Ou a gente implode
pra não ter que explodir
toda emoção
que nos acode e acolhe...
Se ainda não dei
ou, se não dou prova...
Vamos para outra vida
além da cova!
Quem sabe
você entende?
Se não desculpa, nem perdoa...
Mas, quiçá, Deus aprova!...
E o Amor proverá!