Voltando para Casa (Metrô)
[Rivalino Pereira]

Saindo do trabalho, rumo de casa
Horas tarde, meio vultos dispersos
Observo breves, passos de cores rasas
Pessoas... Quão futuros incertos

Reina a calma, paciência que encanta
Destas jornadas, omitir-se da idade
De crenças falhas, de esperança, tenra infância
Sublimando dos encantos desta longanimidade

Olhos baixos... Pessoas cansadas da labuta
Vender-se de desejos do cotidiano que disfarça
Lutar pelo pão, desta vida que nos mata
Saciarmos na embriagues do tédio, cachaça

Nos trilhos caminhar da vida, o trem
No metrô meus sonhos, várias estações
Depois de cada parada, secando-se feridas, além
Existirá uma nova estação de eloquentes emoções
 
Longânimo
Enviado por Longânimo em 22/06/2013
Reeditado em 07/08/2013
Código do texto: T4352812
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