MULHER
(Sócrates Di Lima)
Mulher,
Abre-me em cânticos,
Pelas ruas das minhas primaveras,
Espalha-me flores ao ninho,
Como ramas de hera,
Subindo pelos meus cantos.
Mulher,
Que trafega pelas minhas ruas,
Em calçadas nuas,
Com sombras de luas,
Com miragens do Sol.
Mulher, que do encanto que não sabia,
Tão pouco desconhecia,
Com olhos cegos eu via,
Vultos que dispersavam ao final do dia.
E se eu me perguntar,
Em soluços quebrados,
Hei de me questionar,
Por que dantes não te encontrei,
Se por tantos caminhos andei.
E quando minha alma andava solta,
Voando feito passarinho,
No teu galho Andorinhei,
E ali fiz meu ninho.
Mulher,
Que de tristes olhares,
vagantes pelos ares,
Nem se quer percebia,
Que na janela ao lado,
Calado,
Eu te via.
Mulher,
Quando meu olhar se levantou,
E olhou o teu olhar que se perdia,
Neste momento Deus me iluminou,
E fez me enxergar, quem não me via.
E foi assim,
Que cantei os versos em prosas,
Abandonei as palavras sem nexos,
Voando aos ventos d´outono,
Como folhas secas e mortas,
Por tantos já vividas.
Mulher...
O que posso eu dizer deste momento,
Em que minha alma te toma leve e nua,
Fazendo de nós doces e envolventes,
Homem e mulher com olhar de lua.
Quantas tardes amanhecerão,
Em quantas noites se deitarão,
Em braços e abraços que serão,
Véus de luxúria que nos cobrirão,
Sobre o leito do desejo de multiplicar o amor,
Nos corações de nós dois,
Eu, teu homem,
E tu Marcella, minha mulher.
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22/06/2013 07:51 - Diva Carioca
Amor, linda! linda! Sabe o quanto emocionada fico com cada poesia que me dedicas...e ouvi-las sendo recitadas no ''nosso ninho'' é onde tenho a certeza de sermos um nós !,