Sem Remetente
Sou capaz de conduzi-la ao teu ponto de partida,
Fazendo-te ver e rever todas as alegrias
Das quais desfrutaste quando de lá vieste.
Não precisas temer, não pisaremos as veredas
De teus medos, das inseguranças, das tristezas
E das incertezas; Estas deixaremos de lado.
Só trilharemos, prometo, pelos prados abertos,
Aqueles mesmos nos quais correste desenfreada,
Cabelos livres, soltos ao vento.
Os prados de relva macia, onde rolaste envolta
Nas pequeninas flores que brotavam no chão.
Estas, entrelaçando-se em teus cabelos dourados, enfeitava-os, Tornando-os em fulgente jardim perfumado ao sol.
Acenaste-me, fizeste um sinal! Encontrei-te!
Não só, acompanho-te, conduzo-te!
Fecha teus olhos, segura minha mão,
Entrega-te a mim! Não temas, só voa! Voa alto!
Tua mão está presa à minha.
Tenho o dom de fazer planar com palavras
E com versos-. Feito pluma ao vento deslizarás
Pelas letras daquilo que de ti foi escrito nalgum lugar.
Quando lá chegarmos, ao ponto de onde partiste,
Tomarás na mão os sonhos lá deixados.
E pelos mesmos caminhos dos prados de felicidade retornarás.
Trocarás os medos, incertezas e tristezas por poções
Dos sonhos que de lá trouxeste.
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