Nada Será Como Antes

Vivia uma vida sossegada,

Sem ter obrigações, sem compromisso.

Como se finalmente alforriada

Depois de tanto tempo acorrentada

A uma vida de pura convenção.

Pra mim mesma, vivia repetindo:

O amor não é pra gente como eu!

Você chegou, fazendo um reboliço,

E já não posso mais viver fugindo;

Um furacão meu coração varreu!

Lá se foi o sossego de outrora,

A doce calmaria que agora

Num mar enfurecido é tempestade

Que a tudo destrói, sem piedade.

Não há nada que detenha um furacão,

Não me cabe resistir, pois afinal

Ao derrubar a minha fortaleza

E pôr na mesmice um ponto final,

Me faz, finalmente, ter certeza

De que nada, nunca mais, será igual!

Sonia Villarinho
Enviado por Sonia Villarinho em 20/06/2013
Código do texto: T4350268
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