Nada Será Como Antes
Vivia uma vida sossegada,
Sem ter obrigações, sem compromisso.
Como se finalmente alforriada
Depois de tanto tempo acorrentada
A uma vida de pura convenção.
Pra mim mesma, vivia repetindo:
O amor não é pra gente como eu!
Você chegou, fazendo um reboliço,
E já não posso mais viver fugindo;
Um furacão meu coração varreu!
Lá se foi o sossego de outrora,
A doce calmaria que agora
Num mar enfurecido é tempestade
Que a tudo destrói, sem piedade.
Não há nada que detenha um furacão,
Não me cabe resistir, pois afinal
Ao derrubar a minha fortaleza
E pôr na mesmice um ponto final,
Me faz, finalmente, ter certeza
De que nada, nunca mais, será igual!