MULHER AMADA
Foram sonhos leves
que a medo ousei sonhar,
ao sonhar contigo,
pois, em ânsias de ternuras,
sonhei carícias maduras
de amor antigo,
quando te quis porto de abrigo
na inquietude do meu mar...
( quando te quis fogo, no meu lar,
e caminho do meu regresso,
- em beijos o sucesso
de cada olhar...)
E tudo o que esperei,
e mais do que ousei
esperar,
suavemente,
lentamente,
me deixaste ser,
ir ou ficar,
dia após dia,
e, em profunda bonomia,
sonhar novos lugares,
arfar em outros ares;
murmurar entredentes
o sentir de outras gentes,
e tocar bem fundo
esse outro mundo
que, por ser meu,
também é teu...
Abril 2007
A Maria, minha mulher