O despertar na Taberna (Caris Garcia)

O despertar na Taberna

(Caris Garcia)

De Ícaro, as asas de cera

Congeladas pelo nosso inverno

distantes do abismo, na beira

fora do meu caminho interno

Cometi um crime na sua taberna

Tão suavemente para você olhei

perdi o paraíso, não senti a perna

depois do quinto copo desmaiei

Naquela noite banhada de estrelas

Deixando para trás erros da adolescência

Avançando na ponte da consciência

Abri meus olhos num mar de aquarelas

Você dissera: "a rocha fria continua lá

esperando a nossa calorosa chegada...

foram quantas vidas sem meu alvará?

Encontrar você, foi a mais difícil jornada...

Em cada olhar, em cada verso, rima

eu lhe encontro aqui, em meu coração

a essência deste amor será minha sina

um baile nórdico em outra dimensão"

Um milhão de anos seguindo seus passos

e por mais um milhão estarei ao seu lado

Sou sua pintura inacabada...Doce Picasso...

O par perfeito... Cânticos da noite entoados

Não devemos se quer respirar!

pois nenhuma prece seria suficiente

Sua divindade em meus 9 mundos abrigar

Esta alma imaculada, nobre e valente!

Não posso mais continuar caminhando

nas tempestades das noites de Outono

Neste reino dourado você está no comando

Entrego meu coração, minha vida abandono...

Mais um brinde! Eu lhe proponho

Por hoje, mais nenhuma bebida

Pague logo toda a sua dívida

e acorda desse infinito sonho...

Caris Garcia
Enviado por Caris Garcia em 18/06/2013
Reeditado em 26/06/2013
Código do texto: T4347557
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