AS ONDAS E O CAIS
AS ONDAS VERDES DO MAR
SE ENCONTRAM NAS PEDRAS DO CAIS,
CANSADAS DE TANTO ESPERAR,
OUVINDO SUSPIROS E AIS.
DE QUEM, COM OLHAR SOFRIDO,
VÊ O AFASTAR COMPRIDO
LEVANDO NO BARCO, INCLEMENTE,
AMOR QUE OUTRO ALGUÉM SENTE.
CÉU E MAR SE ENTRELAÇAM,
NO FINAL LÁ DO HORIZONTE,
DEIXANDO O CHEIRO DO ABRAÇO
DAQUELE AMOR DE ANTEONTEM.
LÁ VAI SEU MARUJO POR MARES
RESPIRAR POR OUTROS ARES,
SE ENTREGAR, QUEM SABE, A OUTRO,
NOVO AMOR EM CADA PORTO.
AS ONDAS TORNAM A VOLTAR.
VÃO, DE NOVO, SE ENCONTRAR,
NAS PEDRAS DE UM NOVO CAIS
LEVANDO SUSPIROS E AIS
LEMBRANDO, ASSIM, AO MARUJO
DO ANTIGO AMOR, LÁ PRA TRÁS.
QUE FICOU TAL QUAL MARISCO,
NAS AMARRAS DO SEU CAIS