Eterno.
Abrindo meu baú de memórias encontrei teu cheiro inebriante
Revirei algumas fotografias antigas e ao ver teus lábios
Provei teu beijo, como se fosse a primeira vez
Aquela rua de barro, cheiro de chuva
Seus olhos tão cinzas quanto ao céu
Teu toque tão suave, teu gosto tão doce.
Nossa dança, nossas fugas. O que foi feito de nós?
O vento trouxe o som do teu riso
Junto com uma dose de saudade
Tentei sentir teu corpo em um auto abraço
Mas só senti o vazio que você deixou
E então, com clareza pude perceber
Que eu jamais mergulharia novamente nesses teus olhos tão cinzas
Que liam a mim profundamente, de um jeito que ninguém jamais fez.