Eterno.

Abrindo meu baú de memórias encontrei teu cheiro inebriante

Revirei algumas fotografias antigas e ao ver teus lábios

Provei teu beijo, como se fosse a primeira vez

Aquela rua de barro, cheiro de chuva

Seus olhos tão cinzas quanto ao céu

Teu toque tão suave, teu gosto tão doce.

Nossa dança, nossas fugas. O que foi feito de nós?

O vento trouxe o som do teu riso

Junto com uma dose de saudade

Tentei sentir teu corpo em um auto abraço

Mas só senti o vazio que você deixou

E então, com clareza pude perceber

Que eu jamais mergulharia novamente nesses teus olhos tão cinzas

Que liam a mim profundamente, de um jeito que ninguém jamais fez.

Alessandra Ramírez
Enviado por Alessandra Ramírez em 17/06/2013
Código do texto: T4346018
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