Amor de caipira

Minha doce e linda sinhá

Num se importe cum que vô ti falá

È que vancê foi tanto pra essa minha vida

Que tenho que se decrará

Quano entrêmo nas nossa vida

Cheguêmo pelas portêra da frente

Agora que têmo que saí

Não quero sê deferênti

Pelas portêra de trais não é bão

Bão memo é saí pelas portêra da frente

Hoje tamo tudo cus coração mudado

Ficamo triste quando onti era contente

Tamo tão longe quano onti era só presente

Na nossa vida tamo tudo tão ausente

Mas por mais que se quera

Nada pode mais ser diferente

Ah Sinhá como que era bão

Nos tempos das construção

Era tudo tão bonito

Parecemo cumpanhero, amigo e irmão

Mas cuns tempo fomo mudano

A nossa relação

Hoje num semo mais nada

Sobro sodade e solidão

Me descurpa minha linda Sinhá

Com isso que vou ti falá

A vida há de mudá

E vancê de mim de guardá

As lambrança de tudo que vivêmo

De tudo o que junto fizêmo

Pra nunca mais se acabá

Memo que os tempo se ademore a passá

Mas Sinhá, se pare um tiquinho ansim pra pensá

As razão que nosso ajuntamento foi se pará

A sodada tá doeno tanto aqui, Sinhá

Que queria que ascoisa tudo pudesse vortá

Inté, Sinhá!

Seu presente que Deus deu.