Chove amor...
chove,
melancolicamente,
lágrimas
na madrugada
incontrolavelmente
pingos coloridos
multifacetadamente
contornando
os sentidos;
chove,
inconsolavelmente
molhando vontades
desesperadamente
pontos de alegria
ou perigosamente
a lua se esconde
entristecidamente
um bordado no mar
estrela cadente;
chove,
um rio de saudade
copiosamente
banho de cachoeira
transparentemente
no amor da gente
apaixonadamente.
Marisa de Medeiros