Cataclismo
Saio do turbulento veto do amor
Ao inundado mundo do gozo
Sofro o primeiro impacto
Deparo-me com o espelho
Eu não sou único
Para mim
Não sou único
Para o espelho
Imagens nebulosas
Agigantam a companhia
Vultos e vestes
Luzes foscas
Mãos que me tocam a face
Eu
Face a face com o medo
Bom
Muito bom
Sentir medo
Limitar-me no mergulho
Mas querer estar dentro
Do espelho
Beijando as faces ocultas do meu ser
Inacabado ser
Sobrevivente da dialética plural do prazer
Nesse meu ser singular!