A sua boca
A sua boca
Sou o barco onde navegas, a concha na areia tão longe
na estrada, outro espelho onde tu olhas, e é o teu caminho,
terás sempre um refúgio aqui comigo, e larguesa de abrigo,
encontraras tudo, o fogo que arde na boca, a espera da tua,
tenho guardado para dar-te, margaridas enfeitadas de lua.
É uma alegria quando chegas, a mistura do amor e do prazer,
olhamos agora no mesmo espelho, vieram com os outros
a mistura da volúpia com a paixão, aos poucos conhecendo-se,
misturadas em vagas de mar azul, ornamentando o nosso querer.
Palavras inventadas, sussurradas, vozes roucas, delírios
ocultos, segredados, só nossos, maduros no tempo certo,
selvagem canto, são para mim flores ardentes de verão,
olhar brilhante aceso na euforia, poder da crua paixão.
O vento quente sobre o mar, respiração do crepúsculo,
o dia cheio, completo, abraço do sol, na perfeição da vida,
veste-se o céu de azuis, que produzem o encantamento,
tu sabes que canta ainda, a última claridade do dia,
no meu ser, a melodia inebriante, chama você em poesia.
Lakshmi
(L.T.)