Meu Cálice Amor

Céu azul-marinho bordado... Ah, Brilhantes!

Sob a imagem surreal pena e cartilha

Já se tramam em mágicas poéticas,

Todas fidalgas de um mesmo clã, alma,

Palavras ao destino, versos à noite andante!

Mesmo em fase minguante,

Como um brinco prateado ela se faz perpetua,

Figura transcendental aos olhos sonhadores

Repletos de saudade, insanos por um beijo,

Só a meia-luz diz a ponteira ao papel... Oh, lua!

Regente que dá vida as pautas vazias,

És sempre romanesca de fábulas e tons

Que falam por si, adentram pela madrugada

Ao esvoaçar da seda espelhando-se em sombras

Pela parede nua, alva brilhante... Ah, musa!

Doado por um canto nômade,

Luzes e ribaltas versejam pelo sentir, Vênus,

Em parábolas e etéreas lágrimas

Senhoras de um sentimento singular, prosaico,

Alimento do imo, do ser em letras e pele, Oh, amor!

15/06/13

Porto Alegre - RS