Amor em Aquarela

Desperto pelo silente

Um certo verso divaga por estas linhas

Ainda em branco trazendo da noite já alta,

Um gosto inebriante de penumbra...

Ave ao eco romanesco!

Como um pássaro de rapina

Plana o estro entre as entrelinhas,

Já descritas em uma aquarela, bendita...

Sejam estas cores deixando no olhar

Um brilho com a sutileza da escrita etérea!

Diante dos preitos pelo quadro vazio

A vida se sobre sai em sedução, intuição,

Goles de um pranto vislumbrando essência,

Fragrâncias noturnas oriundas do desejo

Guardado num relicário prateado, feito o luar!

Encantado pelas fantasias do inverno

O sentimento emerge em múltiplas facetas,

Facetas bordadas de canduras, alvuras cintilantes,

Codinomes traduzindo-se amor perpetuando-se

Em cada silêncio em cada instante de solidão!

O amor concebe a palavra idílica

E o beijo o embriagar do âmago paixão!

13/06/2013

Porto Alegre - RS