Fogo N’alma.
Nas noites do seu olhar
Antevi minhas insônias
Nos lumes que vi brilhar
Chamas a esbrasear
O corpo, num torturar,
De amor, de te amar!
Acendendo-me a alma
Em fogo que a Inflama,
Incendeia e não se vê!
Àquele, em que a teima,
É Querer-te, por querer.
A febre que me acende...
Abranda só com afague
E o todo que me invade
Cinza me faz em você,
Carícias após caricias
Somente pode acalmar,
A flama intensa e ígnea
Jamais virá a apagar-se
Foz, perene, labaredas,
Amor em fogos curtidos,
Das noites do seu olhar.