Lua
Hoje fiz uns versos
Algumas linhas presas e soltas no nada
Multicor
Ou com a cor da sua blusa
Mostarda
Fiquei olhando o bolão de leite
Parado bailando no imenso azul
A quem dedicarei?
Dedico os meus versos
À minha métrica, essa contra rima.
Me pertence.
A lua é nossa
Não posso dedicar, nem oferecer
Caso faça, ladrão serei:
Da lua
De sorrisos
Suspiros
Cheiros.
Ladrão ou dono
De textos caetanistas e antropofágicos
Ladrão torna-se dono
Desde que
O furtado ou roubado
Não tenha
Um requerente.