Lua

Hoje fiz uns versos

Algumas linhas presas e soltas no nada

Multicor

Ou com a cor da sua blusa

Mostarda

Fiquei olhando o bolão de leite

Parado bailando no imenso azul

A quem dedicarei?

Dedico os meus versos

À minha métrica, essa contra rima.

Me pertence.

A lua é nossa

Não posso dedicar, nem oferecer

Caso faça, ladrão serei:

Da lua

De sorrisos

Suspiros

Cheiros.

Ladrão ou dono

De textos caetanistas e antropofágicos

Ladrão torna-se dono

Desde que

O furtado ou roubado

Não tenha

Um requerente.

Deijair Miranda
Enviado por Deijair Miranda em 18/08/2005
Código do texto: T43369