Estreito Amar

De lá, d’onde o sol se pôs

E águas que se fazem espelho ao luar,

Brota em lantejoulas versos compactuados

Com um universo d’uma única lei,

Singular ao olhar e ao estreito de amar!

Pelo caminho traçado por velas,

Folhas secas dão nome a estação dourada,

Juras e juramentos se atraem, entregam-se

Ao dispor das vozes em confraria com o âmago,

Eleito sim, pela simplicidade e a nobreza do sentir!

Palavras d’um poema sem autor

Ecoam pela dor, dor de amor, de paixão,

Do sentimento que lateja por furnas e capelas

Erguidas sobre o peito despido, lamentoso,

Aos mistérios vindos do beijo, d’alma ebulição!

Da matéria o corpo desnudo, idílico,

Imprime em devaneios toda a fantasia

Declamando-se em maestria, mágica do pulsar

Se encastelando em cada fração do gostar,

Vinho aos lábios, ternura ao coração herdeiro!

11/06/2013

Porto Alegre - RS