O Silêncio, o casal, o Amor, à noite.

O silêncio me esconde, domina meu peito,

sinto essa imensa ânsia de voltar a viver

posto que mesmo em silêncio cansei de me esconder

sob os véus cândidos que se escondem o desejo...

Vejo-te minha amada desejada sob estes véus

e mesmo que na imensidão muda que me silencia

por essa sua beleza quase divina

mesmo com essa dor no peito desejo ir aos céus

Para tocar-te e encantar-te nesse enleio enrubescido.

Estás comigo, atada ao meu corpo com estes véus translúcidos

neste silêncio recôndito sob o luzir cada vez mais fúlgido

da lua adentrando pela janela...Sinto

finalmente seu arfar que tanto busquei, único

respirar de desejo; sei que ambos desejamos, que este não seja o último

encontrar de nossos corpos unidos,

neste fitar jamais ilícito, do amor mútuo...

Oh Corpos que bailam,

Oh dançar insinuoso de ambos que ecoam

Neste bailar o silêncio desaparece,

por que o que mais aparece

Diante do silêncio que se antecedia,

é o gritar, o arfar, o amar junto que se enternece

e que alumia

A noite.