Desnuda Alquimia

Por visões absolutas e sublimes

Bebi em versos toda forma de amar,

E dos ventos do sul colhi da nau pétalas

Que ao norte levaram-me, sete notas!

Ao olhar para céu quando anoitece

Percebo nas nuvens o olhar lunar,

Cintilando pelas vestes, tuas vestes longas

Esvoaçando há paixão, pranto imensidão!

Incomum ao desejo desperto, ecos

D’um horizonte d’onde o crepúsculo

Em silêncios deixou um monólogo de essências

A semente germinou, nasceu à flor, azul véu!

Nas paredes as tochas foram acesas,

Pelo âmago acordou na face a lágrima

Que escorreu até peito em preitos, ardores

Soando do ventre, do colo dócil, rubra alquimia!

Concebível sejá o ensejo amor

Anunciado por mil trombetas, silvos noturnos

Pelo chegar da madrugada desnudando a pele

Em meras operetas, sina de poeta, diamante musa!

10/06/2013

Porto Alegre - RS