E EU NÃO SABIA ...
Eu não sabia que a saudade fazia
doer tanto, que acaba nos isolando
em compartimentos herméticos que
nenhuma chave, nem com a falsa se abre.
Eu juro que não sabia, que fazia tanto mal
entregar-se à um afeto e ser criticado por uma
plateia , que mal conheciam e conhecem os
verdadeiros dons de um legítimo sentimento.
Não, eu não sabia que existia alas compactas
que esperavam o dia raiar para poder empurrar
despenhadeiro abaixo, um amor único que se
consolidava momento a momento.
Espalham-se pelo universo o eco de alegria,
o eco de quem convivem com a ilusão de serem
felizes e que simplesmente adormecem na mesma
cama com seus amados verdugos, e nada veem e sentem...
Estão aí as madrugadas passadas, estão aí
as ausências e suas lágrimas, estão aí os
medos que com elas caminham, estão aí
as provas perceptíveis e muito bem conhecidas...
É, eu não sabia, juro, que existiam tantos
sorrisos sobre um caso ocorrido, e agora
com falsa alegria fazem submergir o desejo
irresistível de cada um de serem felizes como eu,
juro, eu não sabia...