E EU NÃO SABIA ...

Eu não sabia que a saudade fazia

doer tanto, que acaba nos isolando

em compartimentos herméticos que

nenhuma chave, nem com a falsa se abre.

Eu juro que não sabia, que fazia tanto mal

entregar-se à um afeto e ser criticado por uma

plateia , que mal conheciam e conhecem os

verdadeiros dons de um legítimo sentimento.

Não, eu não sabia que existia alas compactas

que esperavam o dia raiar para poder empurrar

despenhadeiro abaixo, um amor único que se

consolidava momento a momento.

Espalham-se pelo universo o eco de alegria,

o eco de quem convivem com a ilusão de serem

felizes e que simplesmente adormecem na mesma

cama com seus amados verdugos, e nada veem e sentem...

Estão aí as madrugadas passadas, estão aí

as ausências e suas lágrimas, estão aí os

medos que com elas caminham, estão aí

as provas perceptíveis e muito bem conhecidas...

É, eu não sabia, juro, que existiam tantos

sorrisos sobre um caso ocorrido, e agora

com falsa alegria fazem submergir o desejo

irresistível de cada um de serem felizes como eu,

juro, eu não sabia...

Wil
Enviado por Wil em 10/06/2013
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