Fel
Não passarei só,
o estado putrefato,
desamores antigos,
bons convites a carniceiros.
Não irei só,
nos podres caminhos,
sangrentos e distantes,
não estarei por ti,
mesmo que mudes ou tentes!
É tarde, me vou,
como fel em carnes,
assim foi o nosso amor!
Quero-me assim, livre,
qual pássaro nos ninhos,
para o salto nos ares,
o céu por recompensa,
e se olhares para trás,
terás muitas companhias,
e dos seus próprios odores,
verbais e fortes,
alimente-se!