O Rio
A aurora dourada chega logo a meio fio
Andorinha vem cantando ao belo rio
Tocando em tuas águas vai voando
Sentindo as delicias da vida abraçando.
Nas manhãs de inverno alto solstício
Vai colar o canto no rio em murmúrio
As leves asas em tuas águas no jeito
O coração pulsando deita em teu leito.
A vontade é intensa de ser margem
Sentir tuas águas desafio nas ramagens
Deixa o canto da andorinha na jangada
Ser gemidos e fascínio nas tuas braçadas.
O rio é o sustento da vida, vital na seara.
A poesia viva das águas não se compara
Segue mundo a fora até no mar, vai o rio...
O canto é tão frágil da andorinha –do- rio.