Plenitude Amor
Há uma sombra lunar do carvalho
Sob a flor em tons avermelhados,
Vê-se guarnecida, singular à noite
Já caminhante por corpo e semblante,
Elo que embriaga, afaga, cala no olhar!
Da varanda o céu estrelado
É deslumbrado em versos coesos, incontidos,
Menestréis de um etéreo poema de amor
Descrevendo em brisas e tênues fragrâncias
Mãos espalmadas na pele, lábios em sofreguidão!
Da menina dos olhos os ventos
Esculpem em cada pedra um pergaminho
Maculado pel’alma, pelo testemunho dos pássaros
Navegantes entre as nuvens e uma madrugada
Quase sem fim, enfim, sedução e poesia!
No instante a nudez tatua-se
Pelas mudas paredes alvas, uma composição,
Um jeito idílico de induzir até a pauta a paixão
Em brilhantes dissonantes, clave sol, amanheceu
Por tantas e ardentes palavras, plenas quimeras!
09/06/2013
Porto Alegre - RS