PARA SEMPRE,SEMPRE
E SEMPRE...
Com a Balada nº 1 em sol menor
de Chopin,
na bela interpretação de Emile
Guillels,
a tarde ia compondo-se para
logo mais chegar
a um noturno bem palpitante.
E você estava lá para mostrar-se
toda...
ainda vestida em teu manto
de vestal,
e apenas olhando-me com ar
de dúvida,
mas decidida a pôr os pingos
em teus próprios is
que iam pingando também
em mim.
Claro que nesses momentos
feitos de histórias,
havia de novo em meu ser
algumas certezas intangíveis,
e que de ti alçavam reais voos
já que haviam
perdido todas as belas fantasias
que agora
espalhavam-se neste urdido chão.
De rosto erguido em seu próprio
eu mesmo,
agora seus olhos buscavam novos
horizontes.
E eu que a via...mas não a entendia,
mesmo assim... de uma coisa sabia :
meu coração com ela ia...no nosso
sempre, sempre e sempre.
Cássio Seagull
em 09-06-13 SP