Despedida

Não mais falarei de amor

Estou desmobilizando meu superado coração

Recolhendo as armas da paixão

Desmontando as tendas da ilusão

Sairei dessa montanha

de ventos constantes

De respirações ofegantes

Mas de ares rarefeitos

Não posso manter-me direito nessas escarpas

E olhar para os precipícios

Pela irresponsável postura

De um mal escolhido ofício

Não escreverei mais sobre isso

...E não será uma grande perda

Há quem o faça mais e principalmente melhor

Com a competência dos fatos a lhes respaldarem

Com a consciência do trato da coisa em si

Com a possibilidade de interagir

Com toda pompa e circunstância a retribuir

Com talento e graça

Com conhecimento de causa recente ou presente

Com planos de realização iminente

Com disponibilidade para realizações

Com tudo que o amor exige

Não eu...

Já vou tarde!