Pedido de Amor

D’uma lágrima nasceu um verso

Pela face deslizou, versejou, semeou

E colheu do peito nu uma cantata encantada

Nas proles poéticas de uma certa tela

Oriunda das brochuras, das tintas, alquimia!

De lá, d’onde moram as nuvens

Surge em lamentos seresteiros o luar...

Ah, o luar de beijos e maestria sublimando

Desejos, realejos que cantam aos ventos

Indutores das estrofes, tecidos de amar!

Saudade... Ah, saudade,

O avesso que não quer se calar

Fronte ao delinear da poesia vestida de cetim,

Azul frenesi declama os céus em véus

Sagrado seja o anverso amor... Ventre veludo!

Do tantra o perpetuar das palavras dançantes,

O instante alucinante do sussurro sem pecado,

Tão somente o sentir do sentimento em devaneios

Impares, pelo olhar a busca do silêncio, luzes

Ao voejo das pétalas grafando no leito, paixão!

08/06/2013

Porto Alegre - RS