UMBRAIS
O tempo avariava o seu rosto.
Nuvens em voo no mais alto céu
Sabiam de meu grande desgosto
E a tempestade rasgava seu véu!
As nuvens correm no frio espaço
Tão imensas, escuras e estranhas:
Eram tentações a tolher meu passo
Castelos e torres, talvez montanhas...
Corro tão breve que posso ao abrigo
Na velha mansão, em ruínas chegar
Umbrais que foram há tempos amigos
Hoje mortalha, p’ra teu amor enterrar
Velho relógio na parede, seus ponteiros
Na vida que se findava pareciam correr;
Tiquetaqueava, ruminando-me ao inteiro
Sem dó nem amor, ao me vendo morrer.
Vida, bruta e fugaz, esta que nos enamora
Incerta, qual fosse rigor de brutal inverno
Seu oscilar tão lento, qual fosse uma hora
No amor e seu ardor, o queríamos eterno.
///@//RO ///@RTINS S@//TOS
O tempo avariava o seu rosto.
Nuvens em voo no mais alto céu
Sabiam de meu grande desgosto
E a tempestade rasgava seu véu!
As nuvens correm no frio espaço
Tão imensas, escuras e estranhas:
Eram tentações a tolher meu passo
Castelos e torres, talvez montanhas...
Corro tão breve que posso ao abrigo
Na velha mansão, em ruínas chegar
Umbrais que foram há tempos amigos
Hoje mortalha, p’ra teu amor enterrar
Velho relógio na parede, seus ponteiros
Na vida que se findava pareciam correr;
Tiquetaqueava, ruminando-me ao inteiro
Sem dó nem amor, ao me vendo morrer.
Vida, bruta e fugaz, esta que nos enamora
Incerta, qual fosse rigor de brutal inverno
Seu oscilar tão lento, qual fosse uma hora
No amor e seu ardor, o queríamos eterno.
///@//RO ///@RTINS S@//TOS