Navegar de Amar
Sobre a mesa em reposou
A poesia e seus nobres instrumentos,
O luar em suas luzes da guarida
Rompe na verdade o silêncio... Ah, a voz...
Já se faz planador, tempo de versejar!
A penumbra entre as brumas
Sugere paixão pelo olhar deslumbrando
O corpo em tecidos que voejam,
Ora efêmero, ora perdurável... Ave ao luzeiro!
Da vitrola o adágio, frequência romanesca
Inunda de solitude a palavra resgatada d’alma,
Entregando-se em beijos, alentos místicos,
Versos aos desnudar do sentimento,
Avessos ao navegar das estrofes pelo poema!
Veios alumiados, seios canduras sofreguidão...
Mágica ao seleiro da poesia lírica, lírios amor!
Os elementos em suas inspirações
Pedem passagem, levantam âncora
Levando pelas naus a dor que dói, angústia,
Deixando no ninho toda a dor de amar e amar!
07/06/2013
Porto Alegre - RS