Amor, acaso, amor

Não chamarei filosofia

o verso que vem sem rima.

Tampouco ao som que mudo

chamarei eu de delírio

Nomearei: "o que emana".

Do cérebro aos sentidos

deixando-se ser apenas

em voo ou em desalinho.

Sem querer nada mais que ser

assim soa ao meu ouvido

as palavras que proferes

quando tu estás comigo:

são, e só por isso bastam,

suaves tal vento marinho.