Janelas da Alma

D’uma estrofe caleidoscópica

Soltou-se um verbo, em Vênus encastelou-se

Pintando assim de sentimento, todo verso,

Todo anverso marcado de breu...

Um sentir quase meu!

Do lado melodioso da lua

A palavra vestida de jardim... Ah, alma

Em janelas abertas preitos e sussurros

D’um lábio rubro coração... Âmago

É como se canta, canção!

A cidade se encouraça pela noite

Caindo fria e outonal, como a folha abrigando

O que as estrelas dizem pelo silêncio das brumas,

Cobrindo de cerração, doando-se em penumbra

Para a escrita e a passagem da vivência!

Na pauta, notas e notas em essência, solidão,

D’um prelúdio regido e interpretado pelo amor!

Diário de bordo, alquimia, quimeras

Flutuando pelos dizeres do outrem, ósculos

Falando por si, avessos em torpores, ventos

Adentrando pela madrugada, lousa morada

Ao corpo desnudo, devaneios sedução!

18/06/2013

Porto Alegre - RS